domingo, 16 de setembro de 2012




Noite Inescrupulosa

Confesso-te, ó lua erguida
Ao que meus olhos exasperam
Ser a perfeição do meu Amor.

Um nimbo tão somente forra
Todas estrelas de escárnio
Tidas a mim como desígnio.

Pelas lamúrias de um delírio!
De um jazido tom de carmim
Um tão somente corrompido
Coração jamais entendido.

Nesse profundo mar negro
No fundo dos meus desejos
Afogar-me-ei sem pressa...
Assim, ó paixão perversa.

                                                                         Lúcio Alves

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